sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Justiça seja feita...



... hoje, em 19.09.2008, havia um sem número de garis; carrinhos e toda a parafernália de limpeza pública no trecho da BR 262 abaixo citado... que bom! Parabéns Prefeito! O que que uma véspera de eleição não faz, hein!?
O aspecto ainda é sugismundo, mas já houve melhora! Tenho que registrar (fotos do dia 22.09.2008).

PS: no dia 19.09 fomos almoçar de carro, mesmo assim!




MÚSICA A CALHAR:
"Mas não, mas não, o sonho é meu e eu sonho que deve ter alamedas verdes. A cidade dos meus amores, e, quem dera, os moradores e o prefeito e os varredores fossem somente crianças." (A Cidade Ideal - Saltimbancos - Chico Buarque).

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Um lixo de passeio!

Trabalho no IEMA desde agosto de 2006. O órgão é em Cariacica, BR 262, na altura de Jardim América. A estrutura do IEMA é bem legal, arborizada, arejada, mas o lugar da cidade onde se situa não é dos melhores, à beira de uma BR, muito pouco agradável e humanizado (inóspito mesmo!), mas são ossos do ofício, ou se preferir, “é osso!”.

No início sempre íamos almoçar a pé (no Baiano, também chamado Mosca Frita. Mas o Baiano é Carioca, assim como o Mineiro, outro restaurante, AKA Morte Lenta, é Capixaba). Afinal, é muito bom tomar um sol, largar o sedentarismo e nos privilegiar dos demais benefícios de uma caminhada com mais de cinco minutos. Ali interagimos com os outros setores do IEMA e com a gente mesmo, do Jurídico.

Entretanto, a caminhada é tão tosca, que as meninas resolveram que não mais enfrentariam aquele percurso sujo, de esgoto a céu aberto e ratos mortos, não antes do almoço.

Passamos algum tempo indo de carro, mas nas últimas semanas voltamos a fazer o passeio rumo ao almoço ... nada mudou! A caminhada continua grotesca.

É muito lixo no caminho (nas fotos abaixo, não sei se dá pra sacar), é um verdadeiro vazadouro de resíduos sólidos, só faltaram os nobres urubus.

Será que o que que (quanto "que"!) o Município diria? Não sei, fiquei curioso... só sei que nunca vi serviço de limpeza pública por lá. Minto, uma vez vi, um só cara, sem carrinho, e com um espetador (tipo de desenho do Zé Colméia - e o cara até que parecia com o Catatau...). Mas vem cá, o que que (recorde de "ques") esse cara vai fazer com um espetador? Não respondam!

























MÚSICA A CALHAR:
"Eu sou a mosca que pousou em sua sopa; Eu sou a mosca que pintou prá lhe abusar" (Mosca Na Sopa - Raul Seixas).

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Paradoxo débil!

Se tem algo que me atrai é a paradoxilidade. A dualidade das coisas é intrigante e leva a diversas reflexões, sem dúvida.

Quem dirige pelas manhãs de Vitória já deve ter notado pelos canteiros das ruas da cidade (canteiros que ficam no centro, olha um paradoxo aí!): o Poder Público Municipal (prefeitura, para os leigos ...) espalha cones em proteção a operários que estão sempre ajeitando, melhorando, punhetando as "floresinhas" (neologismo, acho mais engraçado!) desses tais canteiros.

Tudo bem, Vitória é linda, e fica ainda mais com isso ... mas sempre me pareceu certo exagero.
Outra coisa que sempre me intriga, são as pessoas-mastro (Uepa! Não é isso q você está pensando, mente poluída!), são aquelas pessoas, coitadas, que se prestam ao degradante serviço de abanar bandeiras em campanhas políticas. Mas não é culpa deles, foi o que lhes sobrou do mercado ... Poxa, é muito pouco inspirador (mas me inspirou, outro paradoxo!) ficar balangando bandeira pros outros, por alguns reais, duvido que alguém ali se identifique com os idéias daquele candidato, duvido! Mas eles têm que comer (os mastros e os candidatos), isso é fato!

O que quero dizer é que hoje essas duas coisas intrigantes se uniram de uma forma curiosa, eufemisticamente falando.

As pessoas-mastro balangavam suas bandeiras com o entusiasmo habitual de velório, umas trinta, todas perfiladas em cima dos canteiros centrais, gramados e floridos, da Avenida Vitória (em frente à Escola Técnica), eram “partidários” de um candidato a vereador (legislador municipal que, entre outras atribuições, tem a responsabilidade de fiscalizar o Executivo, lê-se, gastos desse Poder). Mais adiante, pasme, uns quinze metros depois, lá estavam eles: os punhetadores de florzinha, com seus cones que estreitam e complicam o já irritante trânsito de Vix.

Sem dúvida, estava diante do seguinte paradoxo: o candidato a fiscalizador do gasto do Executivo pisoteando, literalmente, o dinheiro público...

Fico pensando, será que as pessoas são tão chatas como eu? Será que eu sou mesquinho? Ou será que estou cercado de dementes que não sabem patavina de rigorosamente porra nenhuma, eu vou dizer, hein ... voto obrigatório é uma merda!

Do Houaiss (p. 2883), voto: "modo de manifestar a vontade ou opinião num ato eleitoral ou numa assembléia." E é obrigatório? Paradoxal!




MÚSICA A CALHAR
“Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.” (Pra não dizer que não falei das flores - Geraldo Vandré - na voz de Zé Ramalho).

domingo, 7 de setembro de 2008

Dia 27 de julho de 2008: Vento, carrapatos e o cano negro.

O relato que segue foi produzido ainda no calor da emoção do pós sequestro que sofri, nada mais apropriado para relacionar com o nome do Blog. Espero que haja mais humor nos próximos posts! Não reparem a forma e os erros, foi um ctrl C + ctrl V que fiz duma conversa de msn!

"sofri um seqüestro relâmpago em pleno marataízes
passei um mega aperto
tava saindo do rock, um pouco mais cedo (3 am) pra acordar mais trank e ficar com a família
dava um mix ao lado do meu carro, aí dois caras se aproximaram e qnd percebi, o berro já tava na minha cara: "perdeu playboy, pra dentro do carro, kd a chave?"
“bora pra um caixa”
nenhum caixa aberto
“me dá tudo”
cordão, 2 celulares, o casaco da adidas, 15 conta q restavam na carteira
me levaram pra um cativeiro onde fiquei amarrado
até os caixas abrirem
rodaram rodaram, pra eu perder a noção de onde estava
mas eu sabia sempre onde estava
acabamos saindo da casa e parando em quebradas nas lavouras de abacaxi
e eles fazendo uma baita pressão psicológica
“qq vc tem mais? vamos te matar, ouve o barulhinho da arma ...”
botavam o cano na minha cara, mexiam nela e tals, batiam na minha cabeça com o cano
deram um tiro pra eu ver que não era de mentira
botaram pressão mas eu não tinha mais nada mesmo
só tinham 400 disponíveis na conta
aí eles tentavam decidir o q fazer comigo
acabou q eles falaram q uma pessoa ia ficar comigo
com a arma apontada e eu fiquei vendado, amordaçado com as mãos e as pernas amarradas numa cerca, numa lavoura
friaca do caralho e eu só de blusa
tenho minhas dúvidas se tinha alguém comigo
só sei q voltaram em 40 minutos, reclamando "mixaria"
me desamarraram e me mandaram vazar ... e disseram "vc terá seu carro ainda hj" ... as 7 eu tava livre, mas até q acha carro chama polícia, faz o BO na PM e presto as declarações pra fazer o IP na civil, só cheguei em casa 13:30"

Atualmente dois deles já estão presos, um confessou, e consegui recuperar alguns bens levados ... mas na mente ainda passa o filme do "Se"... sai prá lá "Se", eu to aqui agora, "Salvo!".

A experiência me revelou algumas coisas: não represente perigo ao seu algoz, tente captar toda informação que puder (inclusive imagens, cheiros e sons) e leve tudo à polícia (não esqueça de requerer perícia técnica, não destrua provas).


MÚSICA A CALHAR:
"Você com um revólver na mão é um bicho feroz, sem ele anda rebolando ainda muda de voz ... olha aqui cá pra nós" (Bicho Feroz - Bezerra da Silva).