sábado, 22 de novembro de 2008

Simples Birra

Lennon à época do lançamento do álbum Revolver e da polêmica (1966): esse rapaz é um mal elemento!




Quem já me conhece um cado sabe que eu torço o nariz para algumas profissões, principalmente para os entendedores de computador (as empresas que produzem anti-vírus são as que criam os vírus, ninguém tira isso da minha cabeça), e os jornalistas.

Pra mim jornalista é uma racinha sinixxxxtra, manipulam a opinião pública de acordo com seus interesses, não há nada mais sórdido.

Há quem diga que, além do Legislativo, Executivo e Judiciário, a Opinião Pública é o quarto Poder (há quem diga que o Ministério Público é o quarto Poder...). Faz sentido, se todo o Poder emana do povo, a opinião deles deve ser poderosa... por isso, quem manipula esse "Poder", de acordo com seus interesses, é digno de medo.

Essa é a imprensa.

Ontem foi noticiado algo interessante: John Lennon foi “perdoado” pelo Vaticano por ter dito que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo.

Willian “Cardoso Serra” Wack disse, como premissa, que umas das mais famosas frases do Séc. XX havia sido perdoada: “Os Beatles são mais populares que Jesus Cristo”.

Ora, se isso é uma premissa, o Wack sofismou, pois Lennon fez tal afirmação.

O que foi feito pela imprensa norte-americana, contra o Herói da Classe Trabalhadora Inglesa, foi uma campanha de “desprestígio”.

O que Lennon disse, naquela época, e que tem sido reproduzido, ao longo dos anos, TOTALMENTE FORA DE CONTEXTO, é que a juventude, cada dia mais, tem se apegado menos a valores Cristãos e utilizou os Beatles como um exemplo. Ele poderia (palavras de Lennon) ter utilizado o exemplo da televisão, e hoje, poderia se falar em Raves, Micaretas ou BBB.

Lennon não mentiu naquela época. Falou verdade e foi crucificado (!!) por radialistas de meia idade, do centro sul norte-americano (nossa, quantas direções!), de forte tradição Protestante.

Foi um gancho. Foi uma saída para banir os Beatles dos EUA. Assim como Elvis Presley se uniu a Nixon para fazer mais tarde (“Os Beatles eram nocivos para a juventude americana”), ou ainda, o próprio FBI e CIA contra Lennon nos anos 70.

Não é o Vaticano que tem que perdoar Lennon por algo que ele não disse. Desconheço manifestações Católicas a respeito, mas sei que os Protestantes sim, chiaram um cado, acho que essa galera que pegou mais pesado (promoviam queima de produtos dos Beatles, que acabaraiam sendo re-comprados pelos jovens - e tome din-din).

No caso, acho que é a imprensa que tem que fazer sua mea culpa (sonha Marcelino...), pela falta de ética e oportunismo em por o maior gênio da música do Século XX numa situação complicada, que, aliás, o engrandeceu.

Esclarecer, né? Mas nunca...

Se o Vaticano se pronunciou, reconhecendo a grandeza dos Beatles e de Lennon, ponto pra minha religião.

E mais, se eu uso um espaço público para manifestar e defender as idéias de meu interesse, eu tenho que concordar um pouco com a imprensa. Só não ganho dinheiro com isso, ainda!

Ah! Eu não comungo com 100% das idéias de Lennon não, tá, gente... nem do Vaticano, e muito menos de William Wack.







MÚSICA A CALHAR:
“I don't believe in Jesus; I don't believe in Kennedy; I don't believe in Buddha; I don't believe in Mantra; I don't believe in gita; I don't believe in yoga; I don't believe in kings; I don't believe in Elvis; I don't believe in Zimmerman; I don't believe in Beatles; I just believe in me…” (God – John Winston Lennon)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A verdadeira recíproca.

O Rei babilônico Hamurabi é reconhecido por seu pioneirismo. O monarca foi quem inaugurou o modelo de obediência a um regulamento editado: o “Código de Hamurabi”. Escrito num monumento de pedra de 2 metros de largura por 2,5 de altura, exposto em público, o código regia dos tributos da Babilônia até o divórcio daquelas pessoas. O ponto que, ainda hoje, é exemplo de comportamento recíproco está na parte penal: A Lei de Talião (olho por olho, dente por dente), ou seja, o delinquente sofrerá o mesmo dano causado ao ofendido (olho, dente… imagina o resto!).

Cerca de 1500 anos mais tarde, o mais famoso pensador chinês, K’ung‑fu‑tzu (551 a.C. - 479 a.C.) - ele mesmo, o Confúncio -, quando indagado como resumir um código de comportamento, pensou e, após alguns minutos, respondeu,: “Reciprocidade”.

Ao andar mais 500 anos na linha da história, deparamos com um jovem nazareno que caminhava pelo deserto da Palestina pregando: “Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam”.

Antes dele, Moisés carregou um presente de Deus! A Tábua dos Dez Mandamentos (coitado dele, era uma tábua de pedra e pesava pacas!), quem se lembra do primeiro?

Reciprocidade: essa é a palavra!!

Reciprocar, para Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (tio do Chico, que foi concebido em Cachoeiro) é “dar e receber em troca”.

Toda a retórica acima serve apenas para fixar uma premissa (um exemplo de onde devemos partir) para os nossos compromissos, para se viver com eticidade em todas os setores da vida. Convenhamos, esse mundinho ta tenso!

É todo mundo querendo levar vantagem, ninguém cede nada ...

Sabe o que falta nas relações? Iniciativa ... falta a pessoa pôr o dela na reta e falar: “comigo é assim! Se for para o bem geral, me sacrifico, ô porra, sô!”

Os mesquinhos dizem que o certo é dizer “grato” ao invés de “obrigado”. Pois obrigado impõe retribuição, recíproca, enquanto grato denota apenas o sentimento de reconhecimento, sem retribuir. Ha-ha, falou, exxxpertão!!

Então você quer ser meu amigo? Sim!? Obrigado!






MÚSICA A CALHAR:
“Would you belive at a Love at a first sigth? Yes, I`m certain that it happens all the time.
What do you see when you turn off the light? I can tell you, but you know is mine…” (With a Little Help From My Friends – John & Paul – Bitous)

Escolha a versão, amigo:
http://br.youtube.com/watch?v=klQ4ohwLqNo
http://br.youtube.com/watch?v=jBDF04fQKtQ
http://br.youtube.com/watch?v=6FMq0iDX1yE&feature=related

Acontece, um dia a ficha cai.


Foto by Elisa Lucinda. Mas, com loira mal focada lá atrás, de biquine vermelho.




Não é só Cachoeiro que é celeiro de cultura no Espírito Santo. Vitória também tem quem preste (não estou falando de Carlos Bona, Banda Woops ou Carlos Papel).

Para quem não sabe, a Elisa Lucinda é de Vitória.

“Pô, mas quem é essa?”, pode perguntar o leitor desavisado.

Para um descrição que não a resume, mas que facilite, digo que ela é uma atriz global, entre seus últimos trabalhos está o de protagonizar uma enfermeira, numa novela das 8, onde era mulher do Paulo César Grande (que parece que uma vez chegou a se casar com a Susi Rego, mas o tabelião se negou a alterar o nome de registro civil da moça)… enfim, se não sabe quem é ponha no google images e sinto por sua ignorância.

Estou falando dessa moça porque ela, em dois momentos, me ensinou alguma coisa … primeiro, foi em 2001, quando me aproximei dela, na praia de Itaúnas, e pedi que ela tirasse uma foto da galera, com a condição de que enquadrasse uma loira que estava pegando sol ali por perto…. ela fez uma cara de ódio, mas tirou a foto!

Nessa oportunidade, com apenas uma feição, ensinou que mulher não é só bunda e que eu deveria conhecer mais os talentos capixabas (sim, porque ao me aproximar, ela deve ter achado que eu era um fã, mas, na verdade, não sabia quem era ela…).

O segundo ato foi quando fui numa peça dela (dessa vez, fui acompanhado de uma loira, embora prefira morenas … mas a gente faz o esforço). Nome: Parem de falar mal da rotina.

Cara, me identifiquei do início ao fim … desde os hábitos de querer escutar as conversas ao redor, até a visão positivista (de positivo, legal, não de positivo, chato, de Direito!), a de encarar a rotina como uma dádiva com a qual podemos brincar e rir!

Sim, essa capixaba é cheia de lições … devemos admirá-la(s), ela é multimídia: roteirista, letrista, poeta, atriz … faz de tudo e faz sucesso!

Bem, eu não reclamo da minha rotina. Mentira, já reclamei muito, mas com a mensagem da Elisa, diminuí bem!

E tem mais, minha rotina mudou! Aliás, me falaram que eu nem rotina terei mais …

Adeus, IEMA (“…pior que a lacuna técnica, é o hiato emocional…”) ! Estou de volta Walmir!

Um brinde ao IEMA (Glorionha, Sueli e demais, com elas o meio ambiente capixaba está em boas mãos, acreditem!), à advocacia privada e à Elisa Lucinda, seu sorriso e suas idéias!







MÚSICA A CALHAR:
“Eu já não sei se sei de nada ou quase nada. Eu só sei de mim, eu só sei de mim, só sei de mim. O patrão nosso de cada dia, dia após dia…” (O patrão nosso de cada dia – João Ricardo – Secos e Molhados)