domingo, 26 de abril de 2009

Uma questão de Princípios, meio e Finn.

Retomando o papinho de alguns tópicos atrás, volto a pensar no motivo de eu ter feito um blog (até mesmo porque, tenho estado tão ausente* daqui, que até faz sentido me questionar).

Pô! Mas que coisa besta! Basta ler a descrição dele que se percebe. Serve para eu difundir minhas idéias pessoais sobre as coisas que existem por aí, paranóias, viagens psico-bélicas que eu julgue pitorescas, vai que alguém concorda, ache graça, sei lá ... meio vontade de aparecer.

Pois bem, passada essa reflexão que não serve para nada, vamos à nóia da vez... o tal do computador, com-Puta-dor (meio Bial isso...), maquininha que tem possibilidades e utilidades ainda não totalmente exploradas, mas que arranca muito tempo de vida das pessoas.

Eu fico chocado com a responsabilidade que pomos nessa máquina, me dá calafrios.

Como se sabe, os computadores podem sofrer ataque de vírus (?) ... mas ufa! Graças a Deus, todo mundo também sabe: existem empresas que fabricam os anti-vírus. Tá... agora me convença que quem cria vírus não é que fabrica o antídoto.

Hoje em dia tudo é culpa do "Sistema". É o grande vilão dos nossos tempos.

Você vai ao banco: "não foi possível completar a operação, o sistema tá fora do ar...".
No Fórum: "não dá para dar andamento no seu porcesso, o sistema do Tribunal está parado..."
Na padaria: "senhor, seu cartão não passou, sistema..."
Na passeata o cara do megafone diz:"a culpa é desse sistema capitalista, de banqueiros, juízes e padeiros exploradores!"

Falando em computador, tecnologia, sistema e tal, uma coisa que me deixa ultra-cabreiro é a urna eletrônica.

Voto é obrigatório (sou contra), universal (sou a favor) e secreto (sou a favor e contra, já explico). Esses são princípios que regem o exercício do Direito de Voto.

Se são princípios, devem ser respeitados. Mas no caso da urna eletrônica, o segredo vai para as cucuías...

Bicho, não sei se vocês lembram, mas quando se vota, você digita o número do seu título de eleitor antes. Onde está o sigilo? Naquilo ali nego manja seu voto. Pra mim tanto faz, porque eu sempre revelo meu voto (expliquei...).

Será que a esperança do Brasil, o Ministro de Ébano, Joaquim Barbosa, como próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, vai trazer alguma podridão sobre esse sistema?

Me valendo de estudioso de verdade, isso tudo algum dia vai é explodir é na nossa cara**.

Tem gente que vive por conta de virtualidade. Ama, chora, ri, namora, briga, faz tudo, por de trás de uma tela de computador, “saia às ruas!”.

Eu sinto é falta de votar no papelzinho (peraí, eu já votei assim?), não tenho a menor pressa de saber resulado de eleição.

Essa vida virtual me parece tão sem açúcar, sem sal, e artificial quanto um adoçante.








MÚSICA A CALHAR:

“[...] queremos viver / confiantes no futuro / por isso de faz necessário / prever qual o itinerário da ilusão / a ilusão do poder / pois se foi permitido ao homem / tantas coisas conhecer / é melhor que todos saibam / o que pode acontecer [...]” (“Queremos saber” – Música de Gilberto Gil na voz de Cássia Eler).

* Taí, paradoxo, estar ausente...

** ‘Nós criamos uma civilização global em que elementos cruciais - como as comunicações, o comércio, a educação e até a instituição democrática do voto - dependem profundamente da ciência e da tecnologia.
Também criamos uma ordem em que quase ninguém compreende a ciência e a tecnologia. É uma receita para o desastre. Podemos escapar ilesos por algum tempo, porém mais cedo ou mais tarde essa mistura inflamável de ignorância e poder vai explodir na nossa cara.”
Sagan, Carl - O Mundo Assombrado pelos Demônios (The Demon-haunted World),
Cia das Letras, 1997, Sao Paulo, pg. 39
Fonte: Voto Seguro