Abriu o olho, olhou o relógio,
o tempo era apertado,
desligou o rock que o despertara,
acordado e quase atrasado.
Banho, água no rosto,
sapato com graxa, nó na gravata,
não se fitou no espelho,
temeu o próprio olho.
Desceu, deu bom dia, espelho no elevador,
ouviu a notícia, retrovisor,
saguão, gravata acima da cintura,
viu na imagem de si, refletida.
O reflexo persegue,
não se corre dele,
nem se enfiar a cabeça no chão,
afinal, o que todos precisam é de reflexão.
MÚSICA A CALHAR:
"A look in the mirror is not enough / What makes you think that you're not one of us?" (Ordinary - Face to Face, o som das fitas k7's de minha adolescência).
(*) Aqui tem-se "ordinário" como "comum; de todos os dias; frequente", não à lá Carla Perez.
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