sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

"Nada é Real" (JL)


Existe uma máxima na ciência da economia: para cada economista explicando um fato ocorrido à luz de uma teoria econômica, haverá outro economista dizendo exatamente o contrário, e igualmente embasado (recebi um mail em que um tal Giancarlo manda essa, levei mó fé!).

Ou seja, na minha lista de profissões antipáticas acaba de ser inserido mais um: o economista.
Não, não! Os "especialistas de economia"! Esse sim, é medonho!

A capa da Revista Exame dessa semana questiona justamente isso: a confiabilidade das “análises” desses especialistas.

E não digam que eu me valho da imprensa pra fundamentar minha implicância, e que isso seria uma contradição.

Primeiro porque contradição “pode!” (igual aquele Gordinha pentelha do Zorra Total) e, segundo, porque a mesma revista se vale da análise desses especialistas, logo, avalio com receio.

Semanas atrás, a manchete era: “crise, ó que desgraça, a crise!”.

Hoje, se põe em dúvida o tempo de duração, a profundidade e os impactos dessa mesma crise no mundo e no Brasil. Não há quem se entenda.

Aliás, eu não quero é entender muito não: não sou economista, me atrevo a comentar porque a TV enche com essa conversa. Comungo com a opinião da foto do outdoor.

O meu guru, Namy Chequer, teve uma voz lúcida (sou muito imparcial, sabe?), mais ou menos desse jeito: “a Globo é um emissora suicida (com voz fina)!!! [...] ela depende de anunciantes e fica pregando ‘crise, crise, crise’ ... Ora, assim ninguém compra, o cara pára de anunciar e ela fecha as portas!”

Quem me dera, Namy...

E é exatamente o que prega, em uníssono, o Fanfarrão da República, o molusco que nos guia, mas que é O cara: “compra rapaziada, compra Tv de plaxxma, compra New Beatle, compra escova de dentes a pilha, massageador pélvico, compra, compra, compra que é natal, hohoho!”.

Mas o feeling é de que é tudo muito especulativo, que me valha Nossa Senhora da Penha!

Diante desse quadro, fico com o dizer do meu pai: “a perspectiva da apurrinhação é pior do que a apurrinhação propriamente dita.” E complemento com Rubem Braga, comentando a história da saúva acabar com o Brasil no idos dos anos 50: “esse pessoal é muito afobado”.


Rapaziada, bora trabalhar, e se a crise trouxer problemas para alguma empresa ou para você, aqui tem um advogado!







MÚSICA A CALHAR:

“Living is easy with eyes closed/ Misunderstanding all you see/ It´s getting hard to be someone / But it all works out / It doesn't matter much to me.” (Strawberry Fields Forever – Bitous)

PS.: me valhi de muita gente nesse hein!