Existe uma máxima na ciência da economia: para cada economista explicando um fato ocorrido à luz de uma teoria econômica, haverá outro economista dizendo exatamente o contrário, e igualmente embasado (recebi um mail em que um tal Giancarlo manda essa, levei mó fé!).
Ou seja, na minha lista de profissões antipáticas acaba de ser inserido mais um: o economista.
Não, não! Os "especialistas de economia"! Esse sim, é medonho!
A capa da Revista Exame dessa semana questiona justamente isso: a confiabilidade das “análises” desses especialistas.
E não digam que eu me valho da imprensa pra fundamentar minha implicância, e que isso seria uma contradição.
Primeiro porque contradição “pode!” (igual aquele Gordinha pentelha do Zorra Total) e, segundo, porque a mesma revista se vale da análise desses especialistas, logo, avalio com receio.
Semanas atrás, a manchete era: “crise, ó que desgraça, a crise!”.
Hoje, se põe em dúvida o tempo de duração, a profundidade e os impactos dessa mesma crise no mundo e no Brasil. Não há quem se entenda.
Aliás, eu não quero é entender muito não: não sou economista, me atrevo a comentar porque a TV enche com essa conversa. Comungo com a opinião da foto do outdoor.
O meu guru, Namy Chequer, teve uma voz lúcida (sou muito imparcial, sabe?), mais ou menos desse jeito: “a Globo é um emissora suicida (com voz fina)!!! [...] ela depende de anunciantes e fica pregando ‘crise, crise, crise’ ... Ora, assim ninguém compra, o cara pára de anunciar e ela fecha as portas!”
Quem me dera, Namy...
E é exatamente o que prega, em uníssono, o Fanfarrão da República, o molusco que nos guia, mas que é O cara: “compra rapaziada, compra Tv de plaxxma, compra New Beatle, compra escova de dentes a pilha, massageador pélvico, compra, compra, compra que é natal, hohoho!”.
Mas o feeling é de que é tudo muito especulativo, que me valha Nossa Senhora da Penha!
Diante desse quadro, fico com o dizer do meu pai: “a perspectiva da apurrinhação é pior do que a apurrinhação propriamente dita.” E complemento com Rubem Braga, comentando a história da saúva acabar com o Brasil no idos dos anos 50: “esse pessoal é muito afobado”.
Rapaziada, bora trabalhar, e se a crise trouxer problemas para alguma empresa ou para você, aqui tem um advogado!
MÚSICA A CALHAR:
“Living is easy with eyes closed/ Misunderstanding all you see/ It´s getting hard to be someone / But it all works out / It doesn't matter much to me.” (Strawberry Fields Forever – Bitous)
PS.: me valhi de muita gente nesse hein!
9 comentários:
Valeu Vitor!
Adorei visitar o seu blog e assim que puder vou dar umas pentelhadas por aqui... Aliás, posso falar o nome da dra. gordinha pentelha? Falar "pode" ! É Dra. Lorca!!!
Também adoro rotina e a Elisa Lucinda. Sobre teorias conspiratórias vou te mandar algumas que tenho pra vc comentar...beijos e seja bem vindo!
Muito bom! rsrsrs
Pergunta: advorato tb está na sua lista de profissões detestáveis? rsrsrs
Bjos Bjos Victin
Mas a crise tá mesmo feia. A coisa tá afro descendente. O bicho tá pegando.
Só não pode rolar desculpa esfarrapada por parte de empresas, seus executivos e funcionários. A falta de inovação e o comodismo não podem ser confundidos com crise. Para os que aí se encaixam td vai ser culpa da crise de agora pra frente e assim não "pode!".
E deixa os economistas... Eles esperam desde 1929 uma crise como essa, é hora dos caras ganharem uma graninha!
PS: Eles "esperam" se é que me entende. Eles passaram por 1929 e sua bendita crise nos livros, mas agora chegou o momento. E chamem os economistas!
Muito bom!Nem sabia do seu lado crítico!rs!Vou passar a frequentar aqui!rs!Bjo
A privação do açúcar parece ser benéfica a você.
maneira a reportagem sobre o lennon.....aqui é o Danilo do valvulla
abraço!
Acho que vou começar a vetar anônimos. Baita antipatia!
Do It simpatia !
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