sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O calor faz encolher.

Gente, vamos falar sério agora. Que raio de calor é esse em Vitória? Tá muito quente!! E eu, no meu uninho sem ar condicionado, de terno, asso pelas ruas da capital. Tenho que aproveitar logo essa redução de IPI para adquirir um novo automóvel com essa dádiva que, como já foi dito por alguém, deveria ser um direito fundamental.

Aliás, ar condicionado em carro, no verão – novamente parafraseando alguma outra pessoa –, é uma questão de higiene.

O pior, no escritório onde trabalho eu nem posso reclamar disso em voz alta que nego fala: “pô, mas você é de Cachoeiro...”.

Como se Cachoeiro fosse a filial do inferno (filial não, é só uma sucursal...). Eu, particularmente, acho Vitória muito mais quente.

Cachoeiro, a nossa Atenas capixaba, é incrustada no Vale do Rio Itapemrim, por isso, desafortunada na questão eólica. Mas, Capital Secreta do Mundo que é, já tentou resolver a temperatura por meio de uma engenhosa obra, que fez a cidade ser ainda mais folclórica: a torre do Divino Espírito Santo, que fazia chover.

Em verdade, o que essa torre fazia era só uma lama e não diminuía a temperatura do centro da cidade. Pois bem, foi alvo de uma Ação Popular, onde o então administrador da obra foi condenado (deve ter recorrido...).

Enfim, voltando ao ponto, em Vitória o calor é senegalês, maior que o vapor que emana do solo cachoeirense que, convenhamos, em razão de ser uma capital mundial, tem estações bem definidas, por isso representa o mundo dessa forma.

No Verão: o calor é semelhante aos dos desertos do Oriente Médio, aliás, as famílias Sírio-libanesas predominam no histórico da cidade.

Na Primavera: os Flamboyants florescem, com isso, o aspecto da cidade se assemelha as ilhas do Oceano Índico, a Malásia é aqui...

No Inverno: o intenso frio matinal e noturno, e o fog que faz o Itapemirim parecer o Tâmisa, lembra-nos Londres.

No Outono: representamos o Brasil mesmo, os pés de jenipapo, carregados do fruto, me fazem imaginar os indígenas deleitando-se e desdobrando toda a potencialidade do mesmo.

Gente, vamos falar mais sério ainda agora? Ser bairrista, por Cachoeiro, está cada vez mais difícil, a cidade está abandonada, não tem uma estruturação ou planejamento urbano, é caótica... a juventude não tem lazer, não tem alternativa, o crack assola.

O que a alternância de poder não fez com a minha cidade, hein...

Depositamos muita fé na nova administração, Vitória começou a ficar bem estruturada com a administração do mesmo partido que chefia o executivo cachoeirense... será que agora vai?

O povo escolheu, agora o povo espera... senão, o calor de Vitória sempre será mais suportável que o de Cachoeiro... e saudades perderão o sentido.




MÚSICA A CALHAR:
“Eu passo a vida recordando, de tudo quanto aí deixei, Cachoeiro, Cachoeiro vim ao Rio de Janeiro p'ra voltar e não voltei!” (“Meu Pequeno Cachoeiro” – de Raul Sampaio, na voz de “Roberto corta essa, lugar de dragão é na caverna...”)

3 comentários:

Fernanda disse...

Fala Victor, tudo certo!?

Bacana o blog, viu? Gostei dos textos, das críticas e das abordagens.

Conforme havia prometido, sobre o Projeto Jurídico, fiz o 11.

E sobre a contagem das visitas: http://www.sitemeter.com/

Grande abraço. vamos marcar um chopp.

Fernanda.

Anônimo disse...

Nossa, ainda faz sentido pra você sentir saudades de Cachoeiro?

erickaduda disse...

Essa é uma nova era... (sim, bem brega assim mesmo rs) política, climática. Será que não estão precisando de mão de obra qualificada lá em Cachoeiro pra planejar a Cidade e reestruturá-la não? Olha que eu entendo do assunto rs. Quanto ao calor, só nos resta rezar por temperaturas mais amenas... Voltei. Beijos.