quinta-feira, 30 de julho de 2009

Correrás, correria.

Há tanta gente que não aproveita a vida…
Não estou falando de quem não se dá ao luxo de se divertir, não.
Estou falando de quem num simples olhar pela janela não vê coisas, boas, ruins, péssimas e ótimas e não sente com isso.

Por exemplo, fui correr no calçadão ... você pode me dar mil DESCULPAS para não fazê-lo; e eu te dou uma RAZÃO: a vida!

Você vê a terceira idade cuidando da saúde...
Vê as crianças chorando porque caíram da bicicleta; em seus curiosos skates de duas rodas; acompanhando pai, mãe; voltando da escolinha de beach soccer...
Vê coroinhas com mais gás que você; e jovens que se arrastam, sem gás nenhum
Tem também um traveco bizarro que passeia sempre com dois cachorrinhos ridículos (se não é traveco, é uma muié feia a vera)...
Você encontra gente mantendo a forma; recuperando a forma e outros tentando chegar em alguma forma.
E os movimentos de braços? Tem braços encolhidos; tem gente que parece que ta nadando; tem gente que mexe só um braço; tem gente que parece que mexe mais os braços que as próprias pernas...
Tem gente que caminha fumando...
Tem uns parados, namorando...
Hoje vi uma moça orando. Orando ou meditando? Ah, vai, é a mesma coisa...

Exercício faz muito bem. Libera serotonina que é uma beleza!!

Enquanto corro, ouço música. Hoje tocou, entre outras:

Flores Astrais – Secos e Molhados;
I want Some – Beastie Boys;
Dr Robert – Beatles;
By the way – Red hot;
Kerosene – Bad Religion;
Open Letter (to a landlord) – Living Colour;
Tempestade – Maskavo Roots;
The Kids don`t stand a chance – Vampire Weekend;
Linguagem do Adulante – Novos Baianos;
Days of week – Stone temple pilots;
Here comes your man – Pixies.

Olha só que trilha!
Nem medo de pagar mico eu tenho. Canto, pratico air drums, enfim...

O negócio é esse, não tem como correr, tem que correr! Sua qualidade de vida agradece.










Música a calhar:

- E precisa de mais?
- Preciiiiisa...
- Então vai:

"Ya running and ya running/ And ya running away.
Ya running and ya running / And ya running away.
Ya running and ya running / And ya running away.
Ya running and ya running,
But ya can't run away from yourself
Can't run away from yourse" ("Running away" - Robert Nesta Marley. Corre não, bobo, corre não, vai...)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

De lua!

Me lembro como se fosse hoje.

Eu, ainda tomando noção das possibilidades humanas, fiquei maravilhado com a televisão celebrando os vinte anos do homem na lua .
Meu pai me dizia o que estava fazendo naquele dia de 1969, o Repórter Esso dizia: “Cabo Canaveral, Flórida”; e eu via impressionado todo aquele noticiário (mais impressionante é como as crianças de nove anos, hoje, são bem menos ingênuas...)

Naquele dia eu tinha um assunto para puxar no meio dos caras mais velhos. Era batata que falando algo sobre o “moon landing” as pessoas me dariam moral numa roda de papo com carinhas 3 ou 4 anos mais velhas.
Ledo engano, bastou eu dar início ao tema para alguém me frustrar em dobro, primeiro por fazer do meu assunto algo desprezível, e segundo para minimizar o tal feito, assim: “aquilo tudo é truque, ficção”.

E eu: “como assim?”.
E a resposta: “os melhores filmes não são os americanos? Então...”

Naquele dia soube que havia uma possibilidade: os americanos fizeram o mundo acreditar que pousaram na lua.
Nas escolas, mais tarde, aprendi que a corrida espacial entre USA x CCCP decorria da Guerra Fria.

A história nos mostra que os norte-americanos levaram amelhor. Tiveram mais influêcia política no mundo, mas isso vem mudando...enfim.

Neste mês comemoram-se 40 anos da divulgação dessas imagens espetaculares e 20 anos da minha frustração infanto-juvenil.

Hoje em dia, me afilio à tese de que o homem não foi à Lua. Primeiro porque me afilio a qualquer teoria conspiratória, e segundo, porque vi a Série da FOX (TV Americana) que se intitula “Nós pousamos mesmo na Lua?”, a qual recomendo a todos.

Mas essa opção não se dá por questões científicas - até mesmo porque, minha ignorância impede esse juízo - ou muito menos por eu compartilhar de raciocínio que vi na TV esses dias ("eu não acredito que o homem foi na lua, porquê, senão, ele também deveria ter ido no sol").

Não acredito porque, vocês sabem, o marketing está aí para nos convencer e alguém precisava sair vencedor da corrida espacial, alguém precisava mandar no mundo. Nada como a televisão e os jornalistas, e um presidente corrupto, que renunciou, para enganá-lo.

Aliás, esse assunto nem me inspira tanto. Hoje em dia, nem me causa espécie se fomos ou não no corpo celeste dos poetas, é uma simples questão: se você acredita, eles puseram o homem na lua. Se não, não puseram.

A calhordice do Poder caiu na vala comum, é regra. Não me surpreende a enganação dos que têm.

Vamos fazer o seguinte: deixemos a Lua lá. O Obama lá. O Lula lá. E nos contentemos em adimirá-la, que é muito mais interessante. E só voltemos a falar nisso depois da resposta à seguinte pergunta: Eram os Deuses astronautas?










Música a calhar:
"Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua/Merecia a visita não de militares, mas de bailarinos/E de você e eu.." ("Tendo a Lua" - Paralamas do Sucesso, no Brasil, Police, na Inglaterra e Sublime, na California)

sábado, 25 de julho de 2009

Ela me ligou...

Pois bem, ela me ligou...
Às 4h d manhã, durante um sono levemente pesado, era ela...
Mesmo sendo de número restrito, confidencial, sei que era ela...
Não atendi, mas óbvio que era ela...

Pois só ela me deixa em claro, como fiquei então...
Só ela me faz pensar em tudo, ao mesmo tempo, como então fiquei...
É ela quem me faz duvidar de minha prórpria sanidade, fiquei como então?

O que fiz de errado?
O que quis de errado?
Mal algum fiz ou quis.
Só ela me faz pensar assim.

A próxma vez em que ela ligar, não sei qual será.
Mas próximo está...
Aliás, se do quando não não há tendência, devo eu mesmo ligar para ela: a minha CONSCIÊNCIA.








Música a calhar:
"Pois só ela, me entende me acode/ Na queda ou na ascensão/ Ela é a paz da minha guerra/ Ela é meu estado de espírito/ Ela é a minha proteção/ Que pena ..." ("O telefone tocou novamente" - Jorge Ben, antes do "Jor").

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ver verdade(s)...


Lennon autografando o álbum "Double Fantasy", onde está a canção "Mind Games", para Chapman.
Não sei se é só comigo, não sei se é sempre que isso acontece (se é todo mês ou toda semana), mas assistir aos jornais está cada vez mais assustador.

Por exemplo, ver em que se tornou o Senado da República (res + publis = coisa do povo), é deprimente. O público agora é, totalmente, secreto. Paradoxo sem graça, sô...

Mas o mais bizarro, mesmo, é a cobertura da morte do Rei do Pop, Michael Joseph Jackson.

Premeiro que o neguim morreu já faz uma semana e não enterram o cara (deve estar roxo...). Segundo é a encheção de saco que é a cobertura das picuinhas legais da excêntrica família Jackson. Terceiro é a fenomenal e multimilionária ... venda de discos? Nããããooo .... pessoas interessados no ingresso para enterro!!

Ah não, será possivi... eu sou do tempo do cortejo fúnebre, poxa, quer homenagem? Mete o presunto no carro de bombeiros e pronto.

Essa cobertura jornalística está pra lá de mórbida ... fico com pena e medo dos que não têm discernimento para acharem isso... isso, sei lá... nem eu sei o que achar... Liz Taylor disse ser "um circo".

Coincidentemente, em meio a toda essa pirotecnia midiática, que inverte o sentido da própria morte (duvido que no epitáfio de Michael Jackson esteja escrito, descanse em paz...), vi dois filmes sobre a morte de um super star muito mais interessante que o Jackson. Inclusive, o Michael era fã dele.

Quem seria? Adivinha? John Lennon (novitex...), pô, lógico!

Um é o “Capítulo 27” e o outro é o “O Assassinato de John Lennon”.

Muito interessante ver o que passou na doentia cabeça do Sr. Mark David Chapman, o canalha (nas palavras de Beto Guedes) que assassinou o Jonh, com cinco tiros, nas costas. A obsessão e o transtorno do assassino são impressionantes.

Tá, meio mórbido também... também não deixa de ser uma “venda de ingresso” para morte ... mas uma coisa é pirotecnia, outra coisa é ver até que ponto o ser humano pode descer na sua loucura.

Em um determinado ponto do filme “O Assassinato de John Lennon”, o personagem principal chega à conclusão de que não convém idolatrar tanto alguém (sempre lembrando, Chapman matou por estar se sentindo “traído” pelo ídolo, Lennon), pois a chance de se decepcionar é muito grande, ele se sente só nesse momento...

Aliás, vi novamente esses dias um dos melhores filmes que já assisti em minha vida, “Beleza Americana”, onde o ponto alto, para mim, é o momento em que a mãe (a mulher do Kevin Spacey, no filme) explica à filha que na vida não se pode contar com ninguém, a não ser consigo mesmo ...
Tanto a reflexão de Chapman, quanto o ensinamento materno do filme têm o mesmo sentido: no mundo, você está só, ele não para para (reforma ortográfica dozinferno!) você catar seus cacos, conte com você, faça sua parte, e se tiver ajuda de alguém, é sorte!
Quem me dera esse belo filme tivesse sido feito na década de 1970, e Mark Chappman tivesse extraído essa lição...).
Acho que tem gente que vive a vida toda e não aprende isso. Também deve ter gente para qeum não se aplica esse tipo de lição, pode ter.

Pois é, isso tudo foi visto, e causou inspiração, na mesma TV que transmite o pai presenteando o filho com um ingresso .... de funeral.










MÚSICA A CALHAR:
“I'm your truth, telling lies/ I'm your reason alibis/ I'm inside, open your eyes/ I'm you/ Sad but true ….” (“Sad but true” – Metallica).